segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O SOFRIMENTO DO NORDESTINO

Desde cedo o povo nordestino mostra que é forte lutador e acostumado a vencer as dificuldades da vida, em meio a um sertão seco e sofrido e muitas vezes esquecido pelos governantes  do país. 


Essa semana um fato me chamou muito atenção, quando me deslocava para fazer um trabalho de comunicação na zona rural de Capoeiras, me deparei com esses dois garotos possivelmente irmãos, eles estavam  na beira da estrada arrancando capim com a enxada para colocar em sacos e levar para alimentar seus animais, que ficaram em casa com fome. 

Rapidamente meu faro de jornalista ou talvez ainda de cidadão brasileiro, nordestino e pernambucano me alertou, eu desci do carro e pedi para tirar uma foto, os dois timidamente pararam o seu jumento que servia de transporte e eu fotografei. 

Em seguida fui raciocinando pelo caminho, naquele instante eu não fotografei apenas garotos, e sim histórias de luta, de vida e de um nordeste que sofre com a terrível seca que faz seus filhos chorar e esperar algo que antes parecia simples, mais que hoje é tão valioso como ouro, a água.



A muitos anos atras o grande mestre Luis Gonzaga foi quem mais descreveu o sofrimento do povo nordestino em forma de musica e hoje após muitos anos, estamos vendo que o sofrimento se repete, meninos como esses representam Maria,João, Pedro,manuel e tantos outros nordestinos espalhados nesse sertão seco e feroz. 

Eu sou pai e também tenho dois filhos e fiz questão de mostrar a eles esse registro e pedi para que eles dissessem em uma palavra o que achavam, o mais velho de 10 anos disse sofrimento, e o outro de 5 anos respondeu trabalhador. 

É isso mesmo uma mistura de muitas coisas, trabalho, sofrimento,coragem, e acima de tudo fé. Não é esse o país que queremos, onde muitas  pessoas tem tanto e outros não tem nada, sonhamos com um país melhor e mais justo e que crianças como essas tenham oportunidades de um dia vencer na vida, mais enquanto esse dia não chega só resta a gente rezar e pedir a Deus que um dia o sofrimento do nordestino acabe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário